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Quando a última gota está pra cair

Posted by Lu Pádua on 13:02 in , , , ,
Quer um conselho?
Não me magoe nem me faça de idiota.
Eu serei uma completa idiota por meses. Uma idiota passiva. Serei uma idiota passiva por mais tempo do que você se esforçar para tal.
Será divertido me ver correr atrás de você
Você rirá muitas noites das noites que eu choro
E se sentirá o ser mais querido e desejado
Porque você o será
Por um tempo... um longo tempo
Mas tem um problema...
Provavelmente eu vou me recuperar
Muito provavelmente, eu vou recuperar meu sangue frio
E vou me libertar de todo sentimento por você
Daí não terá mais raiva, rancor, amor, saudade, esperança, nem nada.
E essa pode não ser uma idéia muito boa (pra você)
Pq daí....
Daí eu serei uma bitch.
Uma das grandes.
Tanto que surpreenderei a mim mesma.
Alguns já tiveram a infelicidade de conhecer esse meu lado.
E, com certeza, foi uma experiência bem marcante.
Porque eu posso parecer e bancar a idiota.
Mas eu vejo o que você não quer mostrar
E vou conseguir fazer tudo da melhor maneira possível
(pra você, da pior maneira, no caso)
Conselho de amiga, enquanto eu ainda posso ser uma pra você:
A não ser que goste de sofrer,
É uma ótima idéia não me machucar demais.
Porque minhas cicatrizes, são em geral, bem profundas e marcantes
E ao vê-las todos os dias, terei vontade de fazer o mesmo com você
E normalmente eu consigo
Mas não sou essa bruxa
Você sabe que não
Sabe que eu posso ser a melhor mulher da sua vida
Mas isso depende de você
I´m a bitch, I´m a lover
Você quem decide o que eu serei
E normalmente,
preferem a lover!
Fikadik! ;P

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"É mais fácil suportar a morte sem pensar nela do que suportar o pensamento da morte sem morrer." (Blaise Pascal)

Posted by Augusto Simionato on 08:22 in , ,
Você já matou alguém?

Essa pergunta parece descabida, mas vamos ver qual vai ser sua resposta no fim deste post. Antes de qualquer coisa precisamos definir morte. Morte enquanto falência dos sentidos, todos tem medo da morte, isso é inerente ao homem, mesmo aqueles que dizem não ter medo de morrer, nos últimos suspiros traem suas convicções, Não por menos, o homem vem criando com o passar dos séculos formas de evitar a morte, através do discurso religioso que em muitos casos promete o paraíso, ou a reencarnação ou o que quer que seja. O que seria isso além de uma forma de tratar com certo eufemismo a morte? Uma forma de preservar os laços criados em vida?

Mas muito além do discurso, o homem cada vez mais cria formas mecânicas de olhar pra morte, transformando-a em mercadoria, afinal existe todo um mercado que vive em função disso, serviços funerários, belos caixões, cemitérios e toda a comodidade para que você despache com toda a “honra merecida” seu ente querido. Mas voltando ao real objetivo deste post, não tem sentido definirmos morte sem entender, o que é estar vivo?

Estar vivo é muito mais do que ter um quadro clinicamente satisfatório, estar vivo é construir e alimentar laços afetivos, é ter satisfeita as aspirações e expectativas no outro, o homem só encontra sentido pra si, alimentando dependências com outros, ou seja aquele homem da idade média que perdia uma guerra e vivia como prisioneiro do povo inimigo e que sabia que passaria o resto dos dias trabalhando como escravo ou que iria servir como diversão num coliseu, morre no momento em que é retirado do seu meio, afinal, está sendo tirado dele todos seus vínculos, sua família, sua terra, seus amores, portanto este é um homem morto, ainda que em vida.

Da mesma forma que aquele seu tio velinho, com aquela doença degenerativa que você tão bondosamente (ou seria hipocritamente) colocou-o num asilo com o discurso cristão de que lá é melhor pra ele, e que lá, ele terá melhores cuidados, (ou será que ele estando distante lhe poupe do incômodo de olhar pra ele e ver que você possivelmente vai chegar naquele estado também). Acontece que, ao “bondosamente” arranca-lo de tudo aquilo que construiu durante a vida, consequentemente está matando o coitado, não por menos muitos já ouviram histórias de pessoas que morrem pouco tem depois de se aposentar, ou casal de idosos onde um morre pouco tempo depois da morte do outro, são fatos que nos levam a crer que ao romperem-se os laços que davam sentido a vida dessas pessoas, esvai-se a razão de viver.

Sem grande esforço reflexivo podemos aplicar isso a várias situações diferentes, família, amores, enfim, agora repito minha modesta pergunta, você já matou alguém? Reflita.

Augusto

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Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens."

Posted by Augusto Simionato on 13:41 in , ,
Augusto Simionato

Bom, não gosto dessas coisas de apresentação, afinal, nós não nos apresentamos ao mundo e sim o contrário, mas já que não tem como fugir disso meu nome é Augusto Simionato, apreciador de 4 coisas, a boa e velha cozinha italiana, um bom whisky, tabaco e um bom livro, esses são os 4 caminhos que levam a felicidade.

Tenho 38 anos, já estou chegando na idade em que não posso fazer metade das coisas que gostaria porque sou “velho demais pra elas” e não quero fazer metade das coisas que devo pois “não estou tão velho assim”, sou taurino, e como bom taurino tive uma vida recheada de amores, grande parte deles não correspondidos, mas os poucos que foram correspondidos de nada podem reclamar, afinal ninguém cuida melhor de uma mulher do que um taurino apaixonado. Dizem que um homem só se torna um homem de verdade quando tem um amor inatingível, planta uma árvore e já escreveu um livro, bem, nunca plantei árvore alguma, nem pretendo, logo nem homem eu hei de ser.

Bom, eu hoje me reservo o direito de não identificar minha profissão, afinal, podem me identificar e isso me traria problemas, afinal tenho sorte de viver nos dias de hoje pois no passado provavelmente meu destino seria a forca ou a fogueira, mas digamos que pros padrões sociais médios sou um cara bem sucedido e que freqüenta grandes eventos, reuniões e tudo que há de mais cínico.

Já devem ter percebido que não sou simpático, afinal não há como sê-lo num mundo medíocre como esse, nasci com um vírus, e nem todas as vacinas que tomei na infância impediram que eu fosse infectado com a doença do conhecimento, e quanto mais essa doença se alastra mais me desiludo com o mundo e mais aprecio as 4 coisas que descrevi no começo.

Este sou eu, um “futuro-velho” com ar Blasé desafiando a lógica desse mundo doentio, que tem a audácia de escrever nas horas vagas e subversivamente tenta mostrar as pessoas àquilo que elas têm de pior.

Augusto.

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Entre parênteses (o desespero)

Posted by G. on 18:03

Não é uma coisa que eu queria (ou possa) admitir. Mas é bem mais forte que eu. É tão poderoso (e vergonhoso) que tenho medo de falar em voz alta (até de pensar). Só que se eu continuar em silêncio, remoendo isso no escuro (e na solidão), sei que vai me machucar demais (pode até matar). Por isso escrevo (escondida), para me libertar desses pensamentos, para exorcizar você de mim (tolo engano).

Falta pouco para aquela data (tão maldita!). Queria eu declarar que esse dia foi abolido de todos os calendários do mundo (principalmente do meu) e que dia 24 vai direto para o dia 26. Porém, se não consigo sequer controlar minha mente (meu coração se for ser sincera), quem dirá o tempo?

E agora, me dispo. De todo meu pudor (do meu orgulho) e declaro o que se passa por detrás dos meus olhos entristecidos (tantas vezes marejados). Queria que você aparecesse do nada no dia que fica entre o 24 e 26. Não importa quanto tempo não nos falemos (quanto tempo? Tanto que já não sei mais, poderia ser um século ou duas semanas, a dor é igual), nem sei como você está, se é o mesmo, se mudou, não importa. Eu estaria sentada nessa mesma mesa, daí ouviria a campainha. Abriria a porta (sem sequer ver quem toca) e lá estaria seu rosto cansado (eu sei que a viagem é longa), mas haveria um sorriso ligeiramente aliviado (enfim você estaria na minha porta). Eu, eu não ficaria sem ação (como sempre fiquei), não gastaria tempo com palavras (como eu também sempre fiz). Pularia nos teus braços, te encheria de beijos (agora sim, como eu nunca consegui fazer) e te puxaria para dentro de casa, ainda agarrada a você, com a ilusão (que já não me engana mais) que assim você não me deixaria jamais. Quando me faltasse o ar, eu finalmente seguraria tuas mãos (que me fazem falta) e olharia para os teus olhos (aquela tarde eu não pude, não pude...) e aí eu diria:

_ Não quer saber por que você veio, não quero saber se você volta depois, o que importa é que você está aqui hoje. Hoje.

Você ficaria embaraçado, tentaria falar novamente, viria com explicações (as que você me deve a tanto) e eu te calaria, finalmente te beijaria com paixão (e tranqüilidade). As explicações, deixe-as, não as quero mais, para quê (só me farão lembrar tudo que deve ser enterrado, as lágrimas que me afogaram, da solidão que me envenenou)? Arrastaria seu ser para o calor do quarto, para perto do meu corpo e mais e mais perto... até que cairíamos no sono (e você já não fosse mais sonho). No dia seguinte, seriam teus braços (e não o frio travesseiro) que eu abraçaria e eu te diria no ouvido:

_ Não me importo com mais nada, faz do teu jeito, me resta o consolo e alegria de saber que depois da boêmia, é de mim que você gosta mais.

Mas você não vai aparecer (ainda sabe meu telefone? Sei que o endereço não). E pior, no seu calendário existirá o 25 de Setembro: dia Nacional do Trânsito. E só.


G.


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