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"Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles" - Abraham Lincoln

Posted by Augusto Simionato on 12:11
Não posso me furtar a entrar na conversa de vocês dois, afinal essa é a graça de se ter várias pessoas num único blog concordam?

Essa discussão de gênero é sempre interessante, cada um põe seus conceitos e pré-conceitos a tona, e vou por os meus, tem uma frase do ilustre Carlos Drummond de Andrade que diz: "Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.". Alguém tem alguma dúvida que isso é verdade?

A minha dileta e inflamada companheira de blog, foram bons seus argumentos, mas vamos olhar a coisa por um outro prisma, sabe porque nós homem somos "porcos, frios e egoístas"? Porque quando somos meigos, sentimentais e altruístas nós não servimos pra vocês.

Nós homens temos sentimentos, crescemos vendo vocÊs mulheres amadurecerem primeiro, e em seus belos corpos, convites ao pecado, procuramos formas de nos perder.

Normalmente, para caras com relação familiar mais forte e tradicional como eu, aprendemos em casa a respeitar as mulheres, aprendemos que mulher nunca anda do lado de fora da calçada, entre várias outras "tradições" e achamos que essas gentilezas agradariam a todas. Mas quando chegamos a "Selva" que é a relação interpessoal na escola / faculdade, percebemos que isso de nada serve e pelo contrário, te faz ser taxado de atrasado, babaca, besta e por aí vai.

Quantos adolescentes procuraram a via do respeito com as meninas e se viram trocados pelo marrento da turma, pelo transgressor, pelo "fortinho" e burro da academia, pelo safado, e diante disso, com o tempo vai se deixando essa "aura" de que mulher tem de ser compreendida e respeitada e se aderindo a idéia que mulher é "pra comer" afinal é assim que vocÊs se mostram, pelo menos boa parte de vocês.

Se vocês querem ser respeitadas e querem um homem de verdade, por que razão passam a vida toda correndo atrás de quem não o faz? ou agindo como verdadeiras insenssíveis correndo atrás de prazer puro e barato. se vendendo como péssimos produtos em belas embalagens?

a física já nos mostra, "a cada ação´há uma reação igual mas no sentido oposto" então se vocÊs passam boa parte da vida se vendendo como objetos e quando se cansam dessa vida esperam que simplesmente nós vamos passar a olhar vocÊs de forma diferente estão abissalmente enganadas.

pra encerrar, que me perdoem as mulheres que se ofenderam, não sou um machista idiota, mas entendo que o que escrevi se aplica a uma boa parte das mulheres que vejo hoje em dia, mas óbvio, existem exceções (e cada mulher que ler isso irá dizer, eu sou uma exceção e isso é o que importa).

Augusto Simionato

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Réplica ao Carlo, sobre mulheres e homens

Posted by Lu Pádua on 05:52 in , , , , , , , ,

Olá querido Carlo. Não nos conhecemos, é verdade. Mas sinto-me obrigada a responder seu último post.

Vou tentar ser curta e clara: Sim, somos muito chatas. Mas ñ sei de onde vc tirou que vocês, homens, também não o são! Mas chatisse foi um dom que Deus deu a todos, uns ganham mais outro menos, como tudo na vida.

Mas quero falar porque fazemos "propaganda enganosa". Simplesmente NÃO é enganosa! Eu realmente não tenho ciúme de um cara até que ele se mostre muito mais interessado em ficar horas conversando com uma mulher que claramente dá em cima dele, do que interessado em passar uma noite agradável comigo.

Eu sou compreensiva. Sou mesmo. Até o dia em que eu fico em casa ou saio sozinha com minhas amigas e passo a noite toda pensando em alguém e no seu cansaço, e depois descubro que de última hora esse cansaço some quando seus amigos decidem passar a noite toda bebendo.

E digo mais: Minhas amigas barulhentas são obrigadas a ficarem quietas várias vezes para me ouvirem chorar por homens como você. Portanto, tente ser mais compreensível quando tiver que ouvir um pouco de quem ouve muito sobre você. Fora o fato de que eu não me lembro de ter reclamado em passar uma tarde toda de domingo assistindo futebol com amigos de namorados que gritam o jogo todo e se xingam de cinco em cinco minutos.

E tenho que lhe contar um segredinho: quando eu não consigo passar a noite sem alguém me ligar, é só pq estou apaixonada por esse alguém e desejo muito ouvir sua voz, mas não quero ser chata em ligar demais.

Resumindo, querido leigo em assuntos de sentimentos femininos, somos chatas porque tentamos não o ser. Somos chatas porque estamos apaixonadas. Somos chatas porque já sofremos muitas outras vezes por caras típicos.

Então, Carlo, nada pessoal. Mas se não queres uma mulher assim, uma puta pode lhe ser útil. Ou ainda, uma mulher que saia com você porque você é o "que tem pra hoje", não porque gosta de você.

Eu só te faço uma pergunta, já que respondi à sua: Por que vocês mudam tanto ao perceber que uma mulher gosta de vocês? Preferem uma que os trate como se fossem qualquer cara que acaba de conhecer???

>>>> Baby, qual seu problema com o amor e a paixão?<<<<


LuPádua!

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Feriadão...

Posted by _Cesinha_ on 17:37 in

Hoje vou “estrear” aqui no blog, finalmente! e pior, com um post sério. Até meio “bicha” haha, como diria um amigo meu que não curte muito internet, aliás, a única coisa que ele entende de PC é entrar no Orkut para ficar enchendo o saco das negas bonitas. É a vida, né?

Para variar, começo esse desabafo, no final é isso mesmo, não tive coragem de falar para ninguém que eu conheço, nem para a Vicky que é minha amigona e sei que me entenderia, dizendo que tudo começou em uma noite normal. Lá estava eu na balada, curtindo o feriadão, de boa, sabe, apenas entretido numa bandinha lá e na conversa com os camaradas. Mulher bonita é que não faltava, mas parece que nenhuma estava muito interessada na minha sossegada pessoa. Tá, aí ela passou. E o que me chamou atenção não foi a beleza, porque nem super gata ela era (!!!). Muito menos o cabelo vermelho, eu curto mais é uma loira, perdoem-me o restante das mulheres... Mas o jeito que ela me olhava. Passou uma, passou duas, na terceira eu já estava encarando, não que ela tivesse despertado meu desejo, tá, ela era bem boazinha até, mas não era isso. Já disse, era o jeito com ela me olhava, não era aquele jeito típico, malandro, que a mina joga para você quando está afim e você besta, não sacou que ela está ali por perto, não, era um olhar profundo, curioso! É, era essa mesma a palavra que eu queria, curiosidade! Uma curiosidade instigante, misturada com um sorriso tímido de quem não gostou de ser notada. Quando dei por mim, a curiosa já tinha desaparecido no meio do povão com as amigas. E pior, quando olhei pro copo, dei de cara com uma terrível notícia: estava vazio.

Fui pro bar, estava lotado e o garçom estava xavecando a mina mais bizarra do universo. Esperei uma cara ali, até o desgramado lembrar que estava trabalhando e que não custava nada vir me atender. Quando completava o tanque com cerveja, é, eu estava de boa e principalmente pobre, senti alguém chegando do meu lado. É, leitor, não é que era a ruiva? Eu sorri para ela quase que sem pensar, ela devolveu o sorriso. E daí, corajosa com o rosto inteirinho vermelho, puxou um papo de ponto de ônibus, é, tá lotado aqui hoje, né? Taí, gostei dela.

Acabamos ficando, depois de conversas divertidas e naquela noite me deu a louca de chamá-la pra vir aqui pro Esconderijo. Resistiu um pouco, desconversou, mas sabia que ela era curiosa demais para não aceitar meu convite. Repito: curiosa, não atirada! Não que eu estivesse louco de desejo nem nada, mas eu queria a companhia dela e foi meio que espontâneo, como o sorriso que dei quando ela chegou do meu lado no bar. Lá fomos nós e o que rolou não vou ficar falando, afinal, nos deixaria bem constrangidos, com nós eu digo eu e você que está lendo. Mas foi bom e não foi só disso que eu estou falando. Conversamos, zuamos, demos muitas risadas, foi uma noite e tanto!

De manhã, digo, lá pelas onze, quando consegui abrir os olhos no doming, ela estava enrolada que nem uma panqueca de frango no meu edredom, parecia dormir bem de leve. Ali, muitas coisas passaram pela minha cabeça e a acordei para um segundo round merecido. Depois, abri a porta e a deixei ir, sem pedir sobrenome, telefone ou MSN.

Ok, a menina deve me achar um cretino, não tiro a razão dela. Mas é aqui que está o espírito do post, galera. O que passou na minha cabeça enquanto observava a mina toda empanquecada na minha cama. E vou ser sincero de verdade, assim, fiquei apavorado. Aqueles dez minutos que fiquei pensando, sentindo o perfume dela, estava num conflito feroz: peço seu telefone ou não? Eu poderia muito bem pedir e não ligar, aliás, quantas vezes não fiz isso? Mas não achei justo... deixá-la esperando por um retardado como eu ligar. Por que o medo? Porque aquela curiosidade dela entrou em mim, enquanto conversávamos, mais eu queria saber, quanto mais ríamos, mais eu queria contar outra piada, ouvir outro caso engraçado, eu a queria mais e de um jeito que eu nunca quis outra pessoa e cá entre nós, isso é APAVORANTE. Eu sabia que se ela me desse o telefone certo, mulher é cheia de passar uns três números trocados, eu ligaria de verdade, naquela noite mesmo e ia querer conversar mais e mais com ela, passar mais uma noite como aquela, ouvir mais da risada estranha que ela dava e ver mais curiosidade naqueles olhos castanhos borrados. E talvez, aquele fosse o fim do meu mundo maluco, do meu mundo desregrado e boêmio, das outras mulheres todas e naquele momento, velando o sono satisfeito daquela menina divertida, eu não conseguia admitir isso. Por isso a deixei ir. Por medo.

Eu hein, que post estranho! Mas é isso galera, um outro dia desses eu escrevo mais besteiras para vocês rirem. Se pans, pensarem....

Falow!!

César


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Bate papo com mulheres

Posted by Carlo Ferraz on 15:39 in , , , , , , ,
Oi
Eu não sei bem as regras de funcionamento de um blog. O que eu posso ou não escrever. Mas acontece que eu preciso mesmo desabafar e agora meus amigos estão se preparando, junto com mulheres e filhos, para voltarem de um típico feriado paulistano: Subir a serra depois de passar dias em uma praia abarrotada de pessoas e enfrentar horas de trânsito. Paulistano é assim mesmo!
Então aqui estou eu, com meu gato empalhado (Steve), aproveitando os últimos momentos da minha cidade do jeito que eu mais gosto dela: vazia! Mas isso tem seu lado ruim, como passar o feriado todo sem ter nada o que fazer, já que seus amigos estão longe. Então o que me resta é escrever, ao doce som de buzinas e carros passando pelas avenidas. E sinto que se eu não escrever, vou explodir!
Não quero parecer injusto com as mulheres, nem nada. Não quero repetir o velho papo de homem não-pensante que só se preocupa com sua cabeça de baixo. Mas infelizmente tenho que recorrer ao clichê: Não entendo as mulheres!
Não entendo mesmo. Não estou falando de suas indecisões e crises de TPM, isso eu já me acostumei desde minha mãe. O que eu não entendo é a mania de dar um discurso logo que nos conhecemos, de como é independente, descolada, simples, compreensiva, não-ciumenta e tudo mais. E depois de um mês juntos, ela se mostra completamente louca.
Não consegue passar uma noite tranquila se você não liga. Toda a independência some assim que você não leva ela pra casa, mesmo ela morando perto de você. Compreensão é palavra desconhecida quando você explica a ela que, por estar muito cansado, não está muito afim de sair com ela e suas amigas barulhentas para o mesmo bar que elas vão todas as vezes que querem fofocar.
Quanto ao ciúme, vou me abster. Nunca conheci uma mulher que não me queimasse com os olhos quando encontro alguma amiga ou qualquer coisa parecida.
E então lhes pergunto: Vocês que reclamam tanto de falta de sinceridade, será que não poderiam parar de fazer propaganda enganosa? Se vocês não se acham boas o suficiente para conquistar um homem sendo vocês mesmas, por que tentam, se sabem que mais cedo ou mais tarde irão se mostrar quem realmente são?
Desculpem-me as que não mereciam ler isso (se é que existem), mas tem uma hora que um homem se cansa de ser tachado de grosso, rude, galinha e todos os adjetivos que vocês gostam de nos dar.
A verdade é: Vocês são muito chatas quando querem. E ainda exigem que sejamos tolerantes quanto a isso?
Nem dois sacos aguentam tanta encheção!!!


Carlo


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Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é

Posted by Augusto Simionato on 20:24
Mexendo entre as traças da minha biblioteca achei um poema muito interessante. depois volto por aqui pra comentá-lo, não o faço agora pois ele já é grande o suficiente.

" Hoje Eu Queria Que Chovesse Muito..."

Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse...intermitentemente,
e tudo se entristecesse: o céu, a terra, o mar...
- e não houvesse alvorada, e não houvesse poente
e não fizesse sol...e não fizesse luar...

Hoje eu queria que chovesse muito
e a terra toda se enchesse de densas neblinas,
e a terra toda se enchesse de estranhas sombras e véus...
- queria turvo o olhar alegre e transparente
das vidraças,
e turvo e triste o olhar sereno e azul dos céus!

Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse
e não parasse,
e na face
de tudo que vivesse,
uma imensa tristeza se estampasse...
- hoje eu queria que o sol não nascesse,
e a noite, nem uma estrela cintilasse!

Queria as ruas úmidas e silenciosas, e as árvores
como sombras, à beira das calçadas,
encolhidas e embuçadas,
nas roupagens molhadas das ramagens frias...
- queria o sussurro da chuva surdinando
e a ária exótica das goteiras, pingando... pingando
nas latas vazias...

Hoje eu queria que chovesse muito...
(que bem que à alma da gente a chuva às vezes faz!)
- e o dia se escurecesse, e a noite se nublasse,
e que tudo ao redor que vivesse ou passasse
fosse um gesto de paz...

Queria abrir a janela e ver tudo embaciado,
os contornos das coisas desaparecendo
e fugindo
como se a paisagem fosse uma lembrança
esquecida
no passado,
aparecendo esbatida
dentro da chuva caindo!

Hoje eu queria que chovesse muito!

Às vezes a chuva faz-nos tanto bem...
- Quem sabe se não há na alma triste da chuva
um pouco da alma e da música triste de Chopin ?

Ouvindo, noite a fora, além, pelos telhados,
seus monótonos sons, impassíveis,
soturnos,
é como se assistisse em estranhos teclados
dedos nervosos e invisíveis
improvisando "noturnos"!

Hoje eu queria que chovesse muito,
queria a paz, o silêncio, a solidão
de um inviolável recolhimento,
ouvindo a chuva cair... tão doce a sua canção!
- tão bom a gente dormir com a chuva no pensamento!

Hoje eu queria que chovesse muito,
e que dentro da chuva tudo perdesse a cor,
a se esvair...
- não é que eu hoje sofra alguma dor
ou procure esquecer qualquer teimosa mágoa,
não sei o que é - mas bem quisera ouvir
distante... numa lata do quintal
a ária singela e musical
de um pingo d'água!

Queria tudo assim, tudo turvo, tudo baço,
tudo vago
a terra, o mar, o espaço,
a montanha, o rio, o lago,
tudo nublado
tudo assim...
- não sei porque, talvez falte um ambiente adequado
para o meu esplim...
.......................................................................................

Esse dia de sol me faz mal e entontece,
e esta festa de luz e de cores, parece
que zomba e que escarnece
da angústia sem razão que sinto e ninguém vê...
Hoje eu queria que chovesse muito,
(queria porque queria!)
- toda hora, todo o dia...
não sei por quê...

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"Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é."

Posted by Augusto Simionato on 05:36 in , ,
Mexendo entre as traças da minha biblioteca achei um poema muito interessante. depois volto por aqui pra comentá-lo, não o faço agora pois ele já é grande o suficiente.

" Hoje Eu Queria Que Chovesse Muito..."

Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse...intermitentemente,
e tudo se entristecesse: o céu, a terra, o mar...
- e não houvesse alvorada, e não houvesse poente
e não fizesse sol...e não fizesse luar...

Hoje eu queria que chovesse muito
e a terra toda se enchesse de densas neblinas,
e a terra toda se enchesse de estranhas sombras e véus...
- queria turvo o olhar alegre e transparente
das vidraças,
e turvo e triste o olhar sereno e azul dos céus!

Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse
e não parasse,
e na face
de tudo que vivesse,
uma imensa tristeza se estampasse...
- hoje eu queria que o sol não nascesse,
e a noite, nem uma estrela cintilasse!

Queria as ruas úmidas e silenciosas, e as árvores
como sombras, à beira das calçadas,
encolhidas e embuçadas,
nas roupagens molhadas das ramagens frias...
- queria o sussurro da chuva surdinando
e a ária exótica das goteiras, pingando... pingando
nas latas vazias...

Hoje eu queria que chovesse muito...
(que bem que à alma da gente a chuva às vezes faz!)
- e o dia se escurecesse, e a noite se nublasse,
e que tudo ao redor que vivesse ou passasse
fosse um gesto de paz...

Queria abrir a janela e ver tudo embaciado,
os contornos das coisas desaparecendo
e fugindo
como se a paisagem fosse uma lembrança
esquecida
no passado,
aparecendo esbatida
dentro da chuva caindo!

Hoje eu queria que chovesse muito!

Às vezes a chuva faz-nos tanto bem...
- Quem sabe se não há na alma triste da chuva
um pouco da alma e da música triste de Chopin ?

Ouvindo, noite a fora, além, pelos telhados,
seus monótonos sons, impassíveis,
soturnos,
é como se assistisse em estranhos teclados
dedos nervosos e invisíveis
improvisando "noturnos"!

Hoje eu queria que chovesse muito,
queria a paz, o silêncio, a solidão
de um inviolável recolhimento,
ouvindo a chuva cair... tão doce a sua canção!
- tão bom a gente dormir com a chuva no pensamento!

Hoje eu queria que chovesse muito,
e que dentro da chuva tudo perdesse a cor,
a se esvair...
- não é que eu hoje sofra alguma dor
ou procure esquecer qualquer teimosa mágoa,
não sei o que é - mas bem quisera ouvir
distante... numa lata do quintal
a ária singela e musical
de um pingo d'água!

Queria tudo assim, tudo turvo, tudo baço,
tudo vago
a terra, o mar, o espaço,
a montanha, o rio, o lago,
tudo nublado
tudo assim...
- não sei porque, talvez falte um ambiente adequado
para o meu esplim...
.......................................................................................

Esse dia de sol me faz mal e entontece,
e esta festa de luz e de cores, parece
que zomba e que escarnece
da angústia sem razão que sinto e ninguém vê...
Hoje eu queria que chovesse muito,
(queria porque queria!)
- toda hora, todo o dia...
não sei por quê...

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